Estava achando até que fosse escapar ilesa das travessuras das minhas bebês. A mais velha nunca caiu da cama, a mais nova quando caiu foi embolada nos lençóis e nem chegou a bater no chão. Tombos, não foram muitos, e nenhum deles com gravidade.
Nesse último sábado tomei o meu primeiro grande susto com um acidente.
Enquanto eu estava brincando com a mais velha, o pai estava com a mais nova. Daí veio ele, com a menina choramingando, e me disse que ela tinha caído e que achava que tinha batido a boca.
- dá uma aguinha pra ela – disse ele.
Eu dei. E ela tomou e logo cuspiu na minha mão, inteirinho, o dentinho da frente.
Fiquei doida!
Eu tremia tanto, que não sabia o que fazer. O celular na mão, sem saber pra quem ligar.
Estávamos no parquinho do condomínio, e logo juntou gente pra ajudar. Cada um ligando pro seu próprio dentista pra ver o que poderia ser feito.
Resumindo, consegui vários pareceres via telefone de que não tinha jeito. Minha criança de 1 ano e 4 meses pode ficar mesmo sem dente até o definitivo aparecer. Consegui uma consulta com uma dentista amiga, ela examinou a criança e confirmou tudo, diante de mim, mãe, aos prantos!
A minha filha mesmo ficou ótima logo após o episódio. Não ficou nada inchado e ela parece não estar sentindo dor. Come e brinca normalmente.
Eu chorei o dia de ontem inteiro. Até que minha mais velha veio conversar comigo:
- Por que você está chorando?
- Eu to nervosa, filha, não liga não. Só estou preocupada com o acidente da sua irmã.
- Ela vai morrer, mamãe?
- Não, filha! Claro que não. Mamãe só está mesmo nervosa. A irmãzinha ta bem!
- Vai passar, mamãe! A gente vai cuidar dela...
Daí caiu a ficha que não podia ficar de chilique. Bola pra frente.
De qualquer maneira foi muito chato tudo aquilo... me consola o fato de ter a possibilidade (por enquanto é só uma possibilidade mesmo) de tentar fazer um tipo de aparelho com o próprio dente, pra preservar o espaço na boquinha dela. Mas isso é pro futuro, quando ela tiver mais dentes na boca.
Vamos fazer um acompanhamento com uma odontopediatra indicada pela minha amiga.
E parece que eu vou ter que conviver com sustos, tombos inesperados e impossibilidade de preservar minhas filhas de todos os perigos do mundo.
Esse negócio de ser mãe é bastante emocionante!
Inté!