Ontem, sábado, vi o programa da Xuxa. Muito ruizinho, chatinho e coisa e tal. Daí veio a reportagem sobre um garoto cego que gosta muito de um certo grupo de pagode paulista. Isso por si só não seria lá motivo para emoção nenhuma, até porque o garoto cantava mal pacas, o grupo de pagode é um saco e a matéria foi extremamente apelativa.
Mas uma coisa me chamou muito atenção. O depoimento da mãe do garoto contando como ele ficou cego aos 6 meses de idade. O resumo da ópera é que o garoto teve febre, era uma infecção grave que ninguém detectou. Foi medicado errado 2 vezes, e na terceira vez que a mãe foi levar ao mesmo hospital a criança já estava cega e o hospital negou atendimento.
Desde que tive minha primeira filha todo meu olhar sobre qualquer sofrimento de criança mudou. Antes eu, logicamente, sabia que o fato era triste, me compadecia das situações. Mas agora eu me coloco na situação de todo coração. Daí qualquer história dessas, e como têm histórias como essas, me choca muito. E história de parto? Eu choro em qualquer história de parto, pode ser história real, novela, até nos partos da Phoebe e da Rachel de Friends eu choro quando vejo (toda vez)! Lembro do sentimento de ter aquela pessoinha nos braços pela primeira vez.
Quando a mãe do menino falou que, apesar da dor de saber que o menino estava cego, agradeceu a Deus por ele estar com ela e vivo! Como eu compreendi aquilo! No meio de tanta negligência e do olhar perdido do próprio filho ela conseguiu sentir alívio. E eu chorei.
A criança é feliz, é super alto astral e a família toda vai muito bem. O menino, no final das contas, é que é o ponto de apoio e união de todos eles. O resto da matéria não vale a pena ver não, porque cá pra nós é só conversa pra boi dormir. Mas a história daquela família me comoveu demais.
Bjs e boa semana.